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Igreja

Diocese de Joaçaba emite documento orientando paróquias e comunidades sobre isenção nas eleições municipais

Diocese recomenda que salões e demais estruturas não sejam locadas ou cedidas para atos políticos e que, leigos que concorrerem mantenham necessário afastamento de atividades na Igreja


Denominado orientações ao clero e aos leigos vinculados à Diocese de Joaçaba, o documento ressalta a importância da participação dos católicos no processo político, para que os valores e princípios cristãos sejam difundidos no espaço público, mas pede prudência quanto à manifestação de padres e diáconos e destaca o necessário desligamento de leitos das funções, enquanto candidatos.

Também pede que seja evitada a locação de salões e de Igreja para uso político.

Além de Dom Mário, assinam o documento: Padre Gilvani Cordeito, chanceler diocesano; padre Tiago de Souza, coordenador de pastoral; Padre Joveci Filho, ecônomo diocesano e Thiago Cavalcante, assessor jurídico.   

As lideranças eclesiais observam o seguinte:

Quanto à manifestação expressa de apoio a candidatos ou partidos, diz o documento: 

- Considerando que Igreja Católica não endossa candidatos ou partidos políticos, recomenda-se que os padres evitem expressar apoio a qualquer candidato ou partido político em particular. Ressalta-se que, segundo o TSE, enquadra-se como abuso de autoridade a extrapolação da ascendência e o poder de influência e de persuasão de líderes religiosos (pastores, padres, diáconos), sobre os fiéis de comunidades. Ainda, a prática de atos de propaganda por entidade religiosa pode ser caracterizada como abuso de poder econômico.

- O documento também orienta que os padres evitem fotos, filmagens, postagens, manifestações públicas e em redes sociais, defesa específica de um candidato ou de um partido político.

- Sobre orientação aos eleitores no sentido educativo, diz o documento que: os padres podem e devem orientar os leigos que evitem os candidatos que pedem votos em troca de favores, dinheiro, promessas impossíveis e emprego público, devendo avaliar a honestidade, competência e serviços prestados à comunidade, evitando falar em nomes, mas falar DE FORMA GERAL.

- Quanto aos prédios das Igrejas, salões de comunidade, salas de catequese e assim por diante, o documento pede que os conselhos das paróquias e os padres, evitem a locação ou mesmo a cessão dos espaços físicos, para uso político. Recomenda esses espaços que não sejam utilizados pelos candidatos e os partidos.

- A respeito dos leigos que são voluntários engajados na missão de servir à Igreja, e que eventualmente venham a concorrer a cargo legislativo ou executivo que: se abstenham de utilizar essa função na comunidade para se expor e angariar votos e se abstenham de pedir apoio do padre ou da comunidade, sob pena de prejudicar outros da mesma comunidade, que de igual maneira estejam concorrendo.

- Da desincompatibilização: a diocese de Joaçaba orienta que os leigos que forem concorrer a qualquer cargo nas eleições de 2024, e mesmo os que estiverem em situação de direção partidária, se afastem de suas atuações sejam como integrantes de conselhos, coordenação, ministros, catequese entre outras. O prazo foi 6 de junho.

- Da identificação do leigo como candidato: os candidatos devem evitar se registrar na Justiça eleitoral como por exemplo: José ministro; Maria Catequista ou João do ECC, são exemplos.

- Nas reuniões e encontros: os leigos candidatos não podem usar insígnias de partidos ou outro qualquer outro objeto de propaganda eleitoral.   

Confira a íntegra do documento nas imagens 


Data: 17/07/2024 18:24:47
Autor: Rosely S Rossi - Rádio Cultura