José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages, estima que a safra de pinhão na Serra Catarinense em 2025 será de aproximadamente 4.500 toneladas. Esse volume, referente aos 18 municípios da Associação dos Municípios da Região Serrana (AMURES), representa uma queda de 35% em relação ao ano anterior.
De maneira geral, a queda de produção é resultado de oscilações naturais durante a vida da araucária, mas sem uma causa específica determinada.
Alguns municípios terão produção inferior ao ano anterior. A formação das pinhas ocorre em um período longo, iniciado em outubro de 2022, com polinização registrada em setembro de 2023 e desenvolvimento progressivo até sua maturidade, em 2025.
Para garantir a sustentabilidade e a preservação da fauna local, a legislação estadual estabelece que a colheita, transporte e comercialização do pinhão sejam permitidos apenas a partir de 1º de abril.
Entre os municípios que mais se destacam na produção de pinhão estão Painel, atualmente o maior produtor do estado, seguido por Urupema, São Joaquim, Bom Jardim, Capão Alto e Urubici.
No início da safra, os preços para o produtor giram em torno de R$ 10,00 por quilo, enquanto no comércio variam entre R$ 12,00 e R$ 14,00, informa José Márcio.
José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages informa que um projeto desenvolvido em parceria entre a Epagri, a Embrapa e a Universidade do Paraná busca aprimorar a produção do pinhão por meio da enxertia em araucárias.
Com a técnica da enxertia, é possível obter árvores com características produtivas superiores, como pinhas maiores, maior quantidade de pinhões por pinha e controle sobre a época de maturação do fruto.
Além da comercialização in natura, a industrialização do pinhão tem ganhado espaço no estado, com famílias e empresas agregando valor à produção por meio do processamento da semente.
Ouça a matéria