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Em meio ao cessar-fogo, produtores rurais sentem os efeitos da guerra entre Israel e Irã e dos cortes no Agro

Instabilidade internacional pressiona preços dos fertilizantes, diz João Carlos Di Domenico, produtor rural e presidente da Coocam


A recente escalada de tensão no Oriente Médio, com o conflito entre Irã e Israel, já começa a refletir de forma direta no agronegócio catarinense. Para os produtores rurais, o impacto mais imediato tem sido o aumento no custo dos adubos nitrogenados, essenciais para culturas como o milho.

João Carlos Di Domenico, produtor rural e presidente da Cooperativa Agropecuária Camponovense (Coocam), relata que o Irã, sendo um dos grandes fornecedores de insumos nitrogenados, é peça-chave na cadeia global de produção.

Com os preços elevados, muitos produtores já cogitam migrar parte das áreas destinadas ao milho para o cultivo da soja, que demanda menos fertilizante nitrogenado, informa Di Domenico.

 

Cortes no Plano Safra e falta de política de longo prazo preocupam o setor

Além dos impactos da guerra, os produtores catarinenses enfrentam outro desafio: a redução nos recursos destinados ao Plano Safra 2024/2025. O corte de quase 50% nos subsídios para equalização de juros gerou preocupação em todo o país, especialmente entre os pequenos e médios produtores.

Para João Carlos, a falta de previsibilidade e a mudança nas regras durante o ciclo agrícola dificultam o planejamento no campo.

O presidente da Coocam destaca que tanto os pequenos quanto os grandes produtores são afetados pelas incertezas econômicas.

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Data: 27/06/2025 19:07:30
Autor: Edi Carlos Moresco - Rádio Cultura