De acordo com Cirio Parizotto, pesquisador da Estação Experimental da Epagri de Campos Novos, e coordenador do estudo, ao final dos quatro anos, entre 2018 e 2022, é possível concluir que o projeto teve um avanço significativo na redução do uso de agrotóxicos.
O resultado do projeto foi muito positivo, em três de quatro safras, manteve ou melhorou a produção de milho e de soja na área.
As técnicas utilizadas também mantiveram custos de produção semelhantes nos dois sistemas, revela o pesquisador. Os resultados foram positivos, tanto em termos técnicos como econômicos, revela Parizotto.
O objetivo foi comparar dois sistemas de produção para milho e soja: o sustentável, propagado pela Epagri, e o convencional, adotado pela maioria dos produtores do Oeste e Meio Oeste de Santa Catarina.
O estudo utilizou uma área de 17 hectares da Estação Experimental para cultivar, lado a lado, soja e milho nos dois sistemas.
Ao final dos quatro anos de pesquisa, foi constatada uma redução de 86% na aplicação de inseticidas no cultivo sustentável de soja. A produção sustentável do grão conseguiu reduzir ainda em 57% a aplicação de fungicidas e em 50% o uso de herbicidas.
No caso do milho sustentável, os quatro anos do estudo comprovaram uma redução de 50% no uso de herbicidas. Já a medição no uso de inseticidas foi prejudicada pelo aparecimento da praga cigarrinha-do-milho a partir da safra 2020/21.
A série de técnicas avaliadas nos quatro anos da pesquisa já está sendo divulgada ao produtor.
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Colaboração Epagri